DESAFIOS AMBIENTAIS NA
EXPLORAÇÃO DO PRÉ-SAL
Estratégias para mitigar impactos ambientais e reduzir emissões no setor offshore.
A exploração do pré-sal que pode triplicar a produção brasileira de petróleo apresenta muitos desafios ambientais, exigindo estratégias para mitigar os impactos ambientais e para reduzir as emissões no setor offshore.
O depósito de pré-sal tem uma alta concentração de dióxido de carbono, colaborando com o aquecimento global, e sua exploração de forma inadequada pode intensificar o efeito estufa, já que os poços de pré-sal emitem mais gás carbônico que os poços que são explorados atualmente.
Outro ponto é o risco de derramamentos de óleo, pois perfurar em águas profundas aumenta o risco de vazamento acidental de petróleo. E com o impacto na biodiversidade marinha podendo afetar os habitats, por exemplo, os ruídos durante a perfuração que podem interferir na comunicação e navegação das espécies marinhas. Ademais, os resíduos gerados pela produção do petróleo precisam de cuidados, evitando a contaminação do solo e da água. Outra questão é sobre monitorar as atividades em alto-mar, garantindo a fiscalização para que as práticas de exploração sejam sustentáveis.
O conhecido como “ouro negro” está localizado a sete quilômetros abaixo do nível do mar, sendo fundamental a criação de estratégias mitigando os impactos ambientais. Faz-se necessário combinar regulamentações rigorosas, tecnologias avançadas, compromisso com a conservação ambiental, pesquisa científica, profissional qualificado, investimentos financeiros, infraestrutura, para que a exploração do pré-sal aconteça de forma responsável e sustentável.
O setor offshore, na indústria marítima, refere-se a atividades, estruturas ou áreas que estão localizadas em águas abertas com estruturas especializadas para suportar os desafios do ambiente do mar aberto. Para tanto, as operações offshore necessitam da expertise em engenharia marítima, logística e protocolos de segurança para resultados eficientes. Elas têm um papel importante nas atividades marítimas e continuam a se expandir, com isso a relevância em propor estratégias a fim de mitigar os efeitos adversos nos oceanos e na vida marinha.
Uma das medidas para redução dos impactos na perfuração offshore do petróleo no Brasil foi à criação do Programa Tecnológico para Desenvolvimento da Produção dos Reservatórios Pré-sal (Prosal) que desenvolve pesquisas com o apoio de universidades, impulsionando projetos voltados para a busca de soluções efetivas para viabilizar a produção dos reservatórios do pré-sal.
Outra medida é a avaliação dos impactos ambientais, compreendendo que avaliar antes do lançamento de algum projeto e monitorar continuamente são etapas primordiais para minimizar problemas ambientais, tornando a atividade offshore mais segura e sustentável, logo protegendo os oceanos e todas as comunidades que dependem deles. E com isso a seleção cuidadosa do local, da viabilidade de um projeto offshore, também considera as condições oceânicas, climáticas e ambientais, evitando áreas sensíveis que interferem na vida marinha.
Além disso, existe o monitoramento ambiental que permite inserir sistemas de monitoramento contínuo do ambiente marinho, da fauna e flora, da qualidade da água e dos níveis de poluição. Dessa forma, pode-se fazer com que as informações sejam combinadas de dados históricos e dos dados obtidos em tempo real, ajudando a diminuir o impacto ambiental. São equipamentos tecnológicos que identificam, consideram todas as questões envolvidas no ambiente oceânico como saber os níveis de água do mar, salinidade, direção das ondas, tempestades, aspectos da climatologia local ou regional, elementos ligados à oceanografia física, eventos extremos, gestão de riscos costeiros ou offshore, dentre outros.
Também se tem a regulamentação necessária que é essencial para mitigar os impactos, estabelecendo normas, certificações, medidas de segurança que promovam práticas sustentáveis, minimizem os impactos ambientais, previnem incidentes como derramamentos de óleo. São implementações que requerem compromisso contínuo e colaborativo entre governo, empresas e sociedade civil.
Com a tecnologia especializada e limpa, que permite melhor planejamento das operações, avaliam impactos e facilitam a tomada de decisões, além de investimentos em tecnologias de captura e armazenamento de carbono para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. A IA (Inteligência Artificial) e a ML (Machine Learning) são tecnologias que identificam tendências e padrões, auxiliando para avaliações mais precisas durante todo o processo de exploração do pré-sal. Outro ponto é o investimento em pesquisas e desenvolvimento de tecnologias que melhorem as práticas no setor offshore.
Existe também a importância em desenvolver e manter planos de resposta a emergências, os quais alertam sobre os derramamentos de óleo e outros acidentes ambientais de forma que tenham medidas eficazes e eficientes para mitigar danos ao meio ambiente. Outra estratégia é a implementação de práticas de gestão de resíduos priorizando a redução, reutilização e reciclagem de materiais, incluindo o tratamento adequado de águas, minimização do uso de produtos químicos nocivos, logo reduzindo os resíduos.
Outra demanda, é o treinamento e a conscientização de pessoas, promovendo equipes que tenham práticas sustentáveis, e uma cultura de responsabilidade ambiental dentro de uma organização. Assim, também, é importante a colaboração de organizações ambientais, governos, das indústrias para melhorar e implementar práticas que protejam toda a natureza.
De alguma forma, a cooperação global precisa direcionar para a promoção da sustentabilidade e para a proteção dos ecossistemas marinhos, compartilhando conhecimento, inovações, estratégias que criam práticas com menos impactos ambientais. A exploração do pré-sal apresenta desafios que precisam ser administrados e cuidados para mitigar os impactos na vida da natureza e do planeta.

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